domingo, 9 de maio de 2010

Parque do Tabuleiro agora tem blog

Foi criado pela equipe de educação ambiental do Centro de Visitantes do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro um blog, onde são divulgadas as atividades oferecidas no Centro de Visitantes, as pesquisas desenvolvidas, além da rica biodiversidade existe em uma das maiores Unidade de Conservação de Proteção Integral do Estado.

Confiram: www.parquedotabuleiro.blogspot.com




LEMBRE-SE PRESERVAR SEMPRE! PELA VIDA!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Parque do Tabuleiro merece cuidado e respeito

Nos anos 50, os botânicos Padre Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein iniciaram diversos estudos sobre a Mata Atlântica em Santa Catarina. Durante a pesquisa evidenciaram a importância do território que hoje abriga o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro para a conservação da natureza e para a manutenção da vida. Segundo os pesquisadores, a área possuía característi-cas de grande relevância, com uma rica biodiversidade, um imenso potencial hídrico, além de fatores geológicos, climáticos, paisagísticos e turísticos de destaque. Atualmente fazem parte do Parque do Tabuleiro áreas dos municí-pios de Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí, Paulo Lopes e Florianópolis. Além das ilhas Siriú, Car-dos, Coral, Andrade, Largo e os arquipélagos das Três Irmãs e Moleques do Sul.

Hoje, após 34 anos de criação, a falta de fiscalização, estrutura e recursos humanos, espe¬culações imobiliárias, criação de gado e irregularidades fundiárias são os prin¬cipais problemas que caracterizam a realidade do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Em Santa Catarina, além das políticas públicas não darem o devido valor às áreas naturais protegidas como oportunidade ao desenvolvimento econômico sustentável das regiões, incentivam ainda a anulação e diminuição das mesmas. Como aconteceu em março de 2009, quando desanexaram algumas áreas do Parque, como a Vargem do Braço, em Águas Mornas, local de onde vem a água que abastece mais de 1 milhão de pessoas da Grande Florianópolis. Esta área perdeu a proteção integral, como alerta o promotor do Parque, José Eduardo Cardoso: “arrancaram o coração do Parque”. Fica aí reflexão: Sem a proteção dos mananciais de água, qual garantia futura de qualidade de vida que uma população pode ter?

Para que esta percepção de desrespeito ao Parque seja modificada, é preciso que exista conscientização ambiental! No momento que as pessoas entenderem e conhecerem as funções e relações que existem entre seres humanos e natureza, então veremos comunidades valorizando e defendendo os recursos naturais e suas Unidades de Conservação.

Cabe às comunidades que residem nessas áreas o auxílio na preservação, e os gestores, fazer com que essas Unidades proporcionem fonte de renda, levando ao desenvolvimento econômico sustentável local e regional. Um exemplo disso no Parque é a permissão para que se realizem pesquisas científicas e ecoturismo, desde que, regulamentado e autorizado pelo órgão administrador, no caso, a Fundação Estadual do Meio Ambiente, Fatma.

As pesquisas científicas realizadas no território do Parque mostram a importância da conservação dos ambientes para manter a complexa rede de conexões entre as espécies, preservando a biodiversidade e as¬sim mantendo a qualidade de vida das popula¬ções humanas. O trabalho dos pesquisadores também busca a conscientização das popula¬ções de entorno, de modo que a importância do equilíbrio biológico, como um todo, seja per¬cebida por essas comunidades vizinhas, para que elas também se sintam parte desses ambientes e responsáveis por sua conservação.

Texto e fotos: Flora Neves, publicado em Jornal Palavra Palhocence de 22 de abril.

LEMBRE-SE PRESERVAR SEMPRE, PELA VIDA!